Conflitos: "Há um muro de Berlim, dentro de mim"
Eu vou
usar a frase do Humberto Gessinger apenas como ponto de partida para esta
reflexão.
Historicamente
falando, o Muro de Berlim existiu para separar dois estados, duas formas
diferentes de pensar politicamente, duas formas de governar de dois povos que
tem muito em comum.
Assim são
os muros que existem dentro de nós. Temos a tendência de levantar certas
barreiras perante algumas situações, e usamos as circunstâncias para reforçar
essas barreiras. Depois de algum tempo eis que foi construída uma verdadeira
muralha dentro de nós.
A finalidade
destes “muros” é reprimir conteúdos afetivos que deveriam se tornar manifestos,
levando os indivíduos a vivenciarem relações conflituosas, pois de um lado do muro
estão os valores que o meio social impõe e do lado de fora, os verdadeiros desejos.
É preciso
demolir o muro? Sim. Mas não da mesma forma que se implode uma construção.
Se o muro
existe, deve existir alguma sustentação. Ninguém reprime seus sentimentos,
desejos e anseios à toa. Em muitos casos, tem a finalidade de evitar o contato com
alguns conteúdos dolorosos.
Mas chega
um momento em que bate um vazio. Dentro dos
muros, a vida é sempre a mesma. Lá fora pode existir a dor e o sofrimento, mas
também pode existir um mundo mais florido, mais colorido e mais dinâmico.
A opção é de cada um de nós. Cada um deve
refletir sobre e verificar quais são as muralhas que devem ser demolidas e qual
a melhor forma de fazer isso. Infelizmente, muralhas existem que nem sempre são
vistas dessa forma!
Não existe solução pronta, mas uma reflexão sobre o comportamento
repetitivo e engessado sempre é bem-vinda, afinal tais comportamentos podem indicar
é hora de promover algumas rachaduras nos muros.
Comentários
Postar um comentário
Muito Obrigada por seu comentário!!!!
Tudo de bom pra você