A Inveja segundo Melanie Klein

A Inveja segundo Melanie Klein



INVEJA etimologicamente significa “não ver”:



A inveja nos remete à própria etimologia da palavra  formada pelos étimos latinos in (dentro de) + videre (olhar), que indicam claramente o quanto esse sentimento alude a um olhar mau que penetra no outro. Essa alusão acabou por se disseminar em diferentes expressões populares, tais como mau olhado, olho grande, olhar que seca pimenteira, entre outras. (Figueiredo; Ferreira, 2011, p. 181)
A inveja é um dos sentimentos mais destrutivos que temos notícia, pois trata-se da comparação (consciente ou inconsciente) com a outra parte, que supostamente estaria em posição vantajosa. 

Quando esta comparação é desfavorável, pode surgir o desejo de destruição do elemento vantajoso. Este desejo pode se manifestar de modo interno ou externo.

Esclarecendo:


O desejo de destruição externo é aquele que visa a aniquilação do elemento vantajoso por meio de ações observáveis, como a calúnia, difamação, etc.

Por exemplo: o indivíduo A compra um carro melhor que o do indivíduo B. 

Este, por sua vez, não consegue lidar com o fato de que não possui condições de adquiri-lo e busca reduzir a aquisição do outro, por meio da fofoca e da intriga.

Já o desejo interno de destruição, na maioria das vezes é inconsciente e visa acalmar a inveja. 

Trata-se aquele pensamento de desprezo que surge, quando o outro consegue algo que o indivíduo não conseguiu. Porém, nada é feito externamente, e o sentimento de inveja se rrestringe a pensamentos.

Este desejo de destruição existe para eliminar os parâmetros de comparação para reduzir a frustração.




Quando falamos de “inveja branca”, não estamos nos referindo ao mesmo conceito, uma vez que esta “inveja branca” pode ser entendida como “Admiração”, ou seja, reconhecer as vantagens do outro não incomoda, mas serve como motivação.


Onde nasce a inveja?

De maneira bem simplificada:


Melanie Klein (1991) aponta que a inveja é uma emoção muito arcaica que remonta ao nascimento. Segundo ela a criança desejaria destruir o seio que não lhe alimenta quando deseja. 


Referências

FIGUEIREDO, Maria Flávia; FERREIRA, Luis Antonio. Olhos de Caim: a inveja sob as lentes da linguística  e da psicanálise. Sentidos em movimento: identidade e argumentação. Coleção Mestrado em Lingüística. 2011 - publicacoes.unifran.br


KLEIN, Melanie. Inveja, Gratidão e outros trabalho. Rio de Janeiro. Imago: 1991.


 



Obrigada pela leitura. 

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