Os impactos do uso da Internet sobre emoções

Desde a invenção da roda, nenhuma outra descoberta causou tamanho impacto na humanidade quanto a criação da Internet.


A partir de seu surgimento por volta do ano de 1950 a comunicação passou a ser feita de forma mais dinâmica, o que trouxe grandes impactos para a sociedade, especialmente impactos emocionais.

Sabe-se que o ambiente interfere nas emoções, devemos considerar que o ambiente virtual também forma um contexto dentro do qual os indivíduos estão inseridos.

A diferença aqui é o que ambiente virtual é volátil: as pessoas conectam-se e desconectam-se de acordo com as respostas que o ambiente proporciona. Isso leva-nos a refletir nos motivos pelos quais algumas pessoas não conseguem desvencilhar-se com facilidade. Para estes a internet apresenta-se como uma doce cadeia, onde vivem intensas emoções interagindo com este ambiente.

Pensar na internet significa refletir sobre as mudanças que ocorrem no mundo e sobre o impacto que causam no pensamento e comportamento humano: a linguagem tornou-se abreviada; os sentimentos são transmitidos através de figuras pictóricas; pessoas usam o espaço virtual para propagar suas ideias, vender seus produtos, sua imagem ou seus sentimentos; outras encontram pessoas com interesses parecidos numa fração de segundo, pois o espaço virtual tornou-se uma vitrine de pessoas e produtos. Portanto a internet é um espaço de mediação social, onde são produzidas relações afetivas, representações sociais, valores e ideologias.


De acordo com a teoria das emoções de James-Lange, um estímulo externo pode ser capaz de ativar algumas áreas do córtex cerebral que por sua vez favorecem a emissão de respostas físicas. Se as emoções forem boas, o sistema de recompensa é ativado, predispondo o indivíduo a um comportamento dependente. (Lent, 2001, p. 654)

A conceituação de dependência que ora utiliza-se para um amplo entendimento encontra-se em Cabral e Nick entendida como: “relação causal entre fenômenos, coisas ou pessoas. Na psicologia Social é o grau em que os membros do grupo social se apoiam mutuamente para formarem suas ideias sobre sua realidade social.”(p. 73)

Portanto a recompensa de estar inserido num ambiente virtual pode ser interpretada como o relacionar-se com o outro, em busca de apoio e reconhecimento.

Entretanto, pesquisas anteriores (Young, 1996) apontam que o uso intensivo da Internet está gerando uma legião de pessoas solitárias que não se interessam pelas obrigações e prazeres do mundo real e substituem vínculos afetivos fortes e reais por vínculos afetivos mais fracos e virtuais.

Em janeiro de 1995 o Centro para Viciados On line da Universidade de Pittsburgh, dirigido pela doutora Kimberly S. Young publica uma pesquisa, identificando uma nova doença, Pathological Internet Use ou Uso Doentio da Internet, comparando-a ao vício de jogos.

De acordo com Young, os usuários de internet sentem-se a vontade para liberar seus impulsos sexuais ilícitos e agir de maneira diferente da sua conduta na vida real, sem medo de eventuais repercussões. A fantasia e a falta de inibições comandam os relacionamentos virtuais: os internautas criam alteregos fictícios, mais interessantes do que a imagem que têm de si mesmos. Young utilizou um critério adaptado para jogos patológicos do DSM IV e detectou alguns sinais de uso patológicos:

1. Incapacidade de controlar o uso da internet;

2. Necessidade de se conectar mais vezes;

3. Acessar a rede para fugir de problemas;

4. Pensar na internet quando está offline;

5. Sentir-se irritado ao se deparar com limitações de uso;

6. Descuidar das obrigações por causa da rede;

7. Sofrer pela abstinência;

8. Mentir sobre a quantidade de horas que passa conectado.

E os sete fatores que podem colaborar para o desenvolvimento do vicio de internet, segundo a autora:

1. Anonimato – garante liberdade de navegação;

2. Segurança – pode-se navegar livremente na Internet sem ne-nhuma consequência;

3. Facilidade de uso e acesso – os softwares são intuitivos.

4. Suporte social – grupos de usuários que se engajam numa co-municação mediada pelo computador, fazendo que os envolvi-dos tornem-se dependentes dessa convivência contínua.

5. Satisfação sexual – as fantasias sexuais podem ser exercidas quando se envolve em romances virtuais, sem o risco de contrair DST’s;

6. Personalidade virtual – os indivíduos podem agir em um novo papel através de apelidos, alterando suas características físi-cas. Essa modificação permite se transformar numa nova pessoa online. Aqueles que sofrem de baixa autoestima, sentimentos de inadequação e desaprovação constante, correm um risco maior de desenvolver uma personalidade onli-ne.

7. Reconhecimento e poder – as personas permitem aos indivíduos obter reconhecimento e o poder, o que nem sempre é refletido na vida real.

Um estudo publicado no jornal Washington Post em 07 de setembro de 1998, dando ampla cobertura a uma pesquisa liderada por Robert Kraut, professor da Carnegie Mellon University, cujos resultados indicavam que as atividades sociais online, como a participação em salas de bate-papo e o uso de e-mail, geram solidão e depressão (Kraut et al., 1998).

No ano 2000 um artigo da revista Superinteressante propunha fornecer ao leitor uma visão panorâmica do assunto. O título da matéria, escrita por Jomar Morais, é Armadilha Digital que consiste na dependência, no isolamento social, na substituição da realidade "real" pela virtual e em prejuízos para o desempenho profissional.

Para compreender o uso abusivo da internet, pesquisadores como Viktor Brenner (1997) usou o questionário online Internet Related addictive Behavior Inventory abordando experiências similares aquelas associadas ao abuso de substancia do DSM IV (144). (Vide Anexo)

Nessa perspectiva, pretende-se averiguar quais os fatores subjetivos envolvidos nos processos de dependência, e as emoções que permeiam as relações cibernéticas, pois entende-se que o comportamento compulsivo tem suas origens nas respostas emocionais que o indivíduo espera do ambiente, conforme nos descreve Bomfim (2003, p.45): "não só interagimos no espaço, formamos uma totalidade com ele, em que eu e mundo, espaço construído e subjetividade se configuram como uma unidade pulsante".

 

Psicóloga SP
Maristela Vallim Botari - CRP/SP 06-121677

Psicóloga SP
Se você está à procura de psicóloga em São Paulo, em específico na região da Avenida Paulista, seja para atendimento presencial ou consulta com Psicóloga online, quer seja para questões relacionadas à Dificuldade de relacionamentoAnsiedadeDepressão, Traumas Psicológicosestresse, TAGautoconhecimento,  TEPT, será uma satisfação recebê-lo. 

Como Psicóloga SP estou aqui para oferecer suporte e acolhimento, seja para consulta individual ou de casal.


Contato:

WhatsApp (11) 95091-1931
contato@psicologa-sp.com.br

Consultório Psicóloga SP
Av. Paulista, 2001 – Cj 1911 – 19 andar.
Bela Vista -  Metrô mais próximo - Consolação
São Paulo - SP - Brasil
CEP 01311-000

O consultório da Psicóloga SP - Av. Paulista oferece um espaço de encontro onde você pode se sentir confortável e compreendido. 




Postar um comentário

0 Comentários

Psiconversa - psicologa SP

Facebook

Informações sobre Psicóloga e Terapia


 



Apresentando a Psicóloga em São Paulo

psicólogo São Paulo, psicóloga São Paulo, terapia São Paulo, psicoterapia São Paulo, consulta psicólogo São Paulo, agendar psicólogo São Paulo, psicólogo online São Paulo, terapia online São Paulo, psicólogo particular São Paulo, clínica de psicologia São Paulo, tratamento psicológico São Paulo, avaliação psicológica São Paulo, psicólogo adulto São Paulo, psicólogo infantil São Paulo, psicólogo adolescente São Paulo, psicólogo casal São Paulo, psicólogo familiar São Paulo, psicólogo depressão São Paulo, psicólogo ansiedade São Paulo, psicólogo burnout São Paulo, quanto custa um psicoterapeuta em sp?, melhor psiciloga, melhores psicólogos de sp, psicólogos perto de mim,  Psicoterapeuta sulamérica,psicoterapeuta são paulo,Psicoterapeuta online, psicoterapeuta perto de mim, psicoterapeuta sp, terapia para crianças, terapia para adultos, terapia para casais, psicólogo preço. psicóloga em sp, psicóloga bela vista, psicóloga jardins, psicóloga Morumbi, psicóloga Vila Mariana, psicólogo Vila Mariana, psicóloga Pinheiros, psicólogo Pinheiros, psicóloga Itaim Bibi, psicólogo Itaim Bibi, psicóloga Perdizes, psicólogo Perdizes, psicóloga Moema, psicólogo Moema, psicóloga Brooklin, psicólogo Brooklin, psicóloga Santana, psicólogo Santana, psicóloga Lapa, psicólogo Lapa, psicóloga Tatuapé, psicólogo Tatuapé, psicóloga Mooca, psicólogo Mooca, psicóloga Higienópolis, psicólogo Higienópolis, psicóloga Vila Madalena, psicólogo Vila Madalena, psicóloga Consolação, psicólogo Consolação, psicóloga Santa Cecília, psicólogo Santa Cecília, psicóloga Aclimação, psicólogo Aclimação, psicóloga Liberdade, psicólogo Liberdade

Maristela Vallim Botari CRP 06-121677 

A Psicóloga  é referência  em São Paulo, com uma sólida trajetória de 15 anos de experiência clínica e 25 anos dedicados ao desenvolvimento pessoal.


Ela acredita na capacidade humana de evoluir e mudar a si mesma, como afirmava o renomado Psicólogo Humanista Carl Rogers. 

Seu grande desafio é apoiar pessoas que buscam  auxiliando-as a reconhecer suas melhores qualidades e utilizá-las a seu favor. 

Maristela possui uma mente aberta para compreender as transformações sociais e é isenta de preconceitos, sendo claramente contra qualquer tipo de discriminação.

Ela atende em consultório na Avenida Paulista, 2001, um ponto estratégico e de fácil acesso na cidade, além de oferecer atendimento online.  

Reconhecida por diversos motivos que a colocam como uma das psicólogas de destaque em São Paulo:

Busca pela Excelência Contínua: A Psicóloga demonstra um compromisso constante com a excelência em sua prática. 

Isso se reflete em sua dedicação à atualização profissional, buscando sempre esta a par que que acontece com as pessoas, observando de perto seus inúmeros pacientes. 

Essa busca incansável por aprimoramento garante que seus pacientes recebam um atendimento alinhado às melhores práticas terapêuticas e às descobertas mais atuais da área. 

Abordagem Multidisciplinar: Integra diferentes Abordagens em sua prática clínica, com destaque para:

Como a Psicóloga pode ajudar

O trabalho da Psicóloga Maristela, integra a terapia cognitivo comportamental e  Acolhimento humanizado, o que significa um atendimento ao mesmo tempo técnico e suave. 

Essa abordagem permite a muitos pacientes:

Ampliação na capacidade  de resolver conflitos e  tomar decisões Reverter emoções ruins, como por exemplo, a  culpa, o medo , o ciúme e a raiva,  e promover um estado emocional mais positivo.


 



Baixe o E-book Dificuldade de relacionamentos