Enquanto para
uns é um sentimento “doce e sublime”, para outros é um tormento, uma obsessão,
uma doença. Vamos falar
sobre isto?
Sem ter a pretensão de esgotar este assunto que é amplo, os
próximos parágrafos são apenas um exercício de compreensão deste fenômeno.
O amor
romântico é uma construção sócio-histórica, pois nas sociedades antigas as relações
entre pares não eram baseadas na paixão, mas em práticas relacionadas à sobrevivência.
O amor romântico teve suas origens no século XII e
Caracterizava-se como amar o amor mesmo
que para isso fosse preciso sofrer até a
morte. O sentimento amoroso torna-se uma crença, que se mantém viva
na busca da felicidade plena, a exaltação do bem estar que possibilita a
vida e perpetua o mito do amor. (CUNHA, 2008)
Os contos de
fada, as novelas, os filmes, os livros de romance e os realitty shows também
colaboram para a manutenção deste mito, afinal:
Os mitos revivem os sentimentos, a imaginação
coletiva da humanidade, e, acima de tudo, as imagens
suscitadas pelo emprego do mito, serão o caminho perfeito para a captação do
público leitor sedento de novidades e de stentido para as agruras do cotidiano.
Neste momento, o mito deixa de ser apenas história [...], para se tornar
uma forma de pensar e de conscientizar. (CUNHA, 2008)
A nossa literatura esta recheada de histórias tórridas de amores
impossíveis ora com finais felizes, ora infelizes. Pode-se tomar como exemplo
alguns romances da literatura brasileira, onde os conflitos de interesses, as
lutas de classes dificultavam a união dos pares amorosos. (CUNHA,
2008)
O amor é
entendido na teoria de Stenberg (1986) como
a variação em função da extensão três elementos básicos: a paixão, a intimidade
e o compromisso. As variações possibilitam oito formas diferentes de amar.
Paixão
Intimidade
Compromisso
Desejo passageiro
X
Amizade
X
Companheirismo
X
X
Amor vazio
X
Amor romântico
X
X
Paixão fugaz
X
X
Amor consumado
X
X
X
Inexistência de amor
Vamos analisar
os três elementos separadamente:
Paixão - O
amor difere da paixão, especialmente no que se refere à forma como é sentido. A
paixão é um conjunto de reações emocionais, de ordem biológica que é desencadeada
de acordo com Fabichak (2010):
O sistema de atração [...] possui três características
básicas: sentimentos de felicidades sobre o ser amado; pensamentos intrusivos,
ou seja, pensamentos repetitivos sobre o amado [...] e um desejo ardente pela
união emocional com o parceiro (p. 47).
Intimidade – Implica em partilhar ocorrências boas e ruins, uma vez que
envolve a confiança na pessoa amada. Aliás, um dos aspectos que torna esta
pessoa tão desejada é o fato de que ela não se mostra ameaçadora, portanto confiável
(Observe que este conceito de confiabilidade varia de pessoa para pessoa). Se a
pessoa é confiável, significa que você poderá contar com ela em diversos
momentos. A intimidade é diferente da confluência, pois é possível manter uma
relação de intimidade com alguém sem fundir-se a ela, mantendo a individualidade.
Compromisso – é o engajamento na relação que pressupõe levá-la adiante (até
onde for possível), buscando a superação de adversidades.
E pra você... o que é o amor?
Paixão
|
Intimidade
|
Compromisso
|
|
Desejo passageiro
|
X
|
||
Amizade
|
X
|
||
Companheirismo
|
X
|
X
|
|
Amor vazio
|
X
|
||
Amor romântico
|
X
|
X
|
|
Paixão fugaz
|
X
|
X
|
|
Amor consumado
|
X
|
X
|
X
|
Inexistência de amor
|
Referências
CUNHA, Maria de Lourdes da Conceição. Romantismo: o mito do amor impossível. 2008. [online]. Disponível em http://www.abralic.org.br/anais/cong2008/anaisonline/simposios/pdf/013/maria_cunha.pdf. Acesso em 24/06/2012
DICIONÁRIO Aurélio. Amor. [Online]. Disponível em http://www.dicionariodoaurelio.com/Amor.html. Acesso em 23 de junho de 2013.
FABICHACK, Cibele. Amor, Sexo, endorfinas e bobagens. São Paulo, 2010.
FROMM, Erich. A arte de amar. São Paulo. Martins Fontes. 1971
SOUZA, Tuhany Barbosa. Amor Romântico. Monografia de Conclusão de curso. UNICEUB, 2007.
CUNHA, Maria de Lourdes da Conceição. Romantismo: o mito do amor impossível. 2008. [online]. Disponível em http://www.abralic.org.br/anais/cong2008/anaisonline/simposios/pdf/013/maria_cunha.pdf. Acesso em 24/06/2012
DICIONÁRIO Aurélio. Amor. [Online]. Disponível em http://www.dicionariodoaurelio.com/Amor.html. Acesso em 23 de junho de 2013.
FABICHACK, Cibele. Amor, Sexo, endorfinas e bobagens. São Paulo, 2010.
FROMM, Erich. A arte de amar. São Paulo. Martins Fontes. 1971
SOUZA, Tuhany Barbosa. Amor Romântico. Monografia de Conclusão de curso. UNICEUB, 2007.
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